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Histórias nossas histórias

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Mensagem por Ártemis Qui maio 02, 2013 7:29 pm

Adhara Cailleach Hovárth - Daughter of Zeus


Em meio a esbranquiçada névoa finlandesa nasceu Adhara Ludmillah Cailleach Horváth, uma garotinha de brancura nívea, olhos de jabuticaba e cabelos tecidos como ouro. Com seus 5 kg e 52 centímetros era considerada uma enorme recém nascida - eles não sabiam que suas origens eram, de fato, muito grandes para caberem naqueles 52 centímetros. Ainda assim, de uma forma ou de outra, Adhara cresceu, junto de sua mãe, Bella, seu tio Thor, e seu avô Odin. E sim, é claro que eles receberam esses nomes graças aos mitos escandinavos e Bella na verdade é o diminutivo para Bellatrix, mas, bem, não era disso que estávamos falando.

Pouco tempo depois de ter nascido Adhara e sua família se mudaram da vila onde moravam para Helsínquia, na Província Meridional. Na capital Thor começou a trabalhar em um estúdio de tatuagens como tatuador; Bella abriu um consultório médico e vovô Odin passou suas tardes enfeitando os pensamentos de Adhara com suas maravilhosas estórias. Contos de guerra, amor, ódio, paz, conciliação, amizade, fraternidade, pureza, heróis, vilões, princesas, príncipes, reis, rainhas, magos, mas principalmente magia. Elas rondavam todos os pontos da vida da menina, que por insistência do avô aprendera a ler com seus 7 anos de idade superando, assim, a dislexia.

Na família de Adhara não era aceito alguém que nunca tivesse tocado um livro, fosse ele qual fosse, devia existir no armário de cada um. Tio Thor costumava ler terror, livros com muitas figuras para lhe inspirar na hora de tatuar um cliente ou Assassin's Creed; mamãe gostava de romances policiais e era uma assumida fã de Conan Doyle e Agatha Christie; vovô, por outro lado, preferia os contos diversos: escandinavos, nórdicos, mas especialmente os gregos, também lia vez ou outra Shakespeare ou Oscar Wilde, mas sempre preferia os contos mitológicos. Adhara curtia os livros de fantasia, as aventuras de Alice ou mesmo Tom Sawyer descrevendo a mágica da infância de um menino desordeiro.

Todas as tardes Adhara costumava ir para a escola, mas naquele dia foi diferente. Ela acabara de completar 13 anos e seu avô insistiu para que ela ficasse, pois tinha de lhe contar uma longa estória de extrema importância. A menina ainda tentou argumentar, mas não houveram palavras que fizessem o avô mudar de ideia. Dando-se por vencida Adhara sentou-se perto da lareira de pernas cruzadas e jogou a mochila de canto olhando ansiosa para a poltrona onde estava acomodado o velhinho pronto para começar a tagarelar.

"Há muito tempo um senhor de poderes infindos desceu a terra para se relacionar com mortais. Seu nome era Zeus, e ele era conhecido pelos gregos como 'o deus dos deuses, dos céus, raios e trovões', ou simplesmente, 'o rei do Olimpo'. O senhor acabou encontrando uma jovem que chorava descompassadamente em uma noite chuvosa, ela era a mais linda de todas as mortais que ele já vira, mais lindo que Hera, arrisco a dizer, e até mesmo que Afrodite..." Um trovão cortou o céu nesse exato momento e Adhara correu para a janela para observar a tempestade de que não se dera conta.

- Olhe vovô, acho que vem uma tempestade por ai. Talvez Zeus não tenha gostado que o senhor me contasse uma de suas histórias... Hera não deve gostar muito disso. - Murmurou a menina voltando a se sentar no carpete ao lado do avô.

O idoso se limitou a balançar a cabeça afirmativamente.

- Acho que não é ele quem está bravo - ele suspirou.

Odin prosseguiu com a história.

"Enfim, ele conheceu essa moça e eles desencadearam em um romance de beleza extraordinária, tudo estava perfeito até que a jovem descobriu que estava grávida e ele então revelou a ela sua verdadeira identidade. Disse que não poderia ficar, que era uma regra dos deuses e que os Três Grandes não costumavam ter filhos... A criança nasceu, Zeus permaneceu junto delas por mais três anos e depois foi embora para nunca mais voltar."

Adhara continuou olhando para o avô esperando por uma continuação.

- Disse que a história era grande - disse por fim.

- É mais complicado do que isso - disse o avô dando de ombros.

A menina o encarou esperando por uma continuação. Desviando rapidamente o olhar para a porta viu sua mãe com os olhos marejados fitando-a com ternura.

- O que houve, mamãe? - Indagou preocupada.

A mulher se adiantou e abraçou a menina com força por um longo período.

- Thor está esperando - murmurou olhando para o pai.

O velho tirou um charuto do bolso e começou a fumar lentamente.

- Nosso tempo está um pouco curto, querida, portanto, vou tentar ser o mais claro possível. - Ele afagou o rosto da neta com carinho. - Você é filha de Zeus, e por este motivo está em perigo. Precisa ir para o acampamento para semideuses onde estará segura. Seu tio te levará até lá; sua mãe não foi a única que se envolveu com deuses gregos nessa família... - ele parou um momento. - Tome cuidado, criança!

Adhara olhou para a porta e seu tio estava lá com suas várias tatuagens e uma grande mala nas costas.

- 13 anos é uma idade perigosa - foi tudo o que ele disse e eles partiram para o Acampamento Meio-Sangue.

- x-

Chegar no Acampamento Meio-Sangue não foi nada fácil. Thor tinha muita testosterona para apenas um mero semideus e a cada mulher que passava ele girava o pescoço como a garotinha do Exorcista. Enfim, chegamos a Nova York depois de muitas horas dentro do avião e fomos para Long Island a bordo de uma van conduzida por um camarada de zilhões de olhos. Thor me entregou uma espada dourada de bronze celestial e uma faca de bronze para o caso de sermos surpreendidos por monstros asquerosos. Naquele momento eu conseguia compreender o porquê das aulas de esgrima, kung fu e muai thay.

Continuamos na direção do acampamento até que de repente a van tombou para o lado e a porta foi arrancada por um homenzarrão com chifres na cabeça. Na verdade, ele não era um homem, tampouco um touro ou uma versão feminina de Hera (-q), mas sim um Minotauro. Um minotauro enorme. Aliás, o único minotauro. Engoli em seco e pulei para fora da van em um salto um pouco exagerado, o monstrengo me fitou e eu tratei de correr para o meio da floresta arrastando Thor comigo. Paramos atrás de uma árvore e eu ofegava sem parar.

- O que faremos?

Tio Thor deu de ombros.

- Essa é sua chance de mostrar que merece ser filha de quem é - ele escalou uma árvore e ficou me observando com um olhar maroto.

- O que pensa que está fazendo? Eu sou sua sobrinha! - Exclamei exasperada.

O monstro veio em minha direção e eu não tinha escolha a não ser me defender. Tentei me esconder, mas não tive tempo e o minotauro me afastou com um soco 'fraco' atirando-me contra uma árvore. Ergui-me com um pouco de dificuldade e fitei o monstro com muita raiva, meus instintos assassinos começavam a se mostrar. Ergui a espada no alto e corri na direção do minotauro tentando ignorar que ele tinha trezentas vezes o meu tamanho. Tentei golpear-lhe abaixo do braço e consegui causar-lhe um corte significativo. Agora eu entendia o porquê de minha mãe ter insistido que eu estudasse esgrima por todos estes anos.

O monstro olhou para cima procurando por meu tio e eu tratei de cravar a espada em seu pescoço observando enquanto um líquido pastoso escorria sem cessar. O monstro fez um barulho que parecia um mugido, mas eu não tinha completa certeza e se virou para mim agarrando-me pelo pescoço e fazendo com que eu largasse a espada consequentemente. Eu sentia o fôlego escapulindo aos poucos.
Repentinamente lembrei-me da faca, a pequena faquinha que eu achara meramente insignificante. Fiz um esforço e consegui puxá-la do cinto, não sabia se seria muito eficaz, mas eu precisava tentar. Com um pouco de esforço consegui cravá-la na barriga do minotauro, o que foi o suficiente para que ele me soltasse. Cai no chão e senti a dor em meu tornozelo, mas eu não tinha tempo para isso, precisava ser rápida. Corri na direção de minha espada e agarrei a mesma parando um ataque certeiro do minotauro com a lâmina reluzente. Percebi que ele recuou um pouco, pois machucara sua mão e isso era ótimo.

Segurei firme a espada e desferi um golpe em seu tornozelo fazendo com que ele perdesse o equilíbrio. Ele estava quase se reerguendo e então pensei em uma estratégia um tanto peculiar. Cravei a espada em seu pé direito e finquei a mesma até ultrapassar o outro lado, e então fui empurrando a espada gradativamente até decepar o pé do gigante. Ele grunhiu de dor e se jogou no chão se debatendo. Afastei-me um pouco assustada, mas não me permiti me abater e voei para a nuca do gigante que enterrara a cara no chão. Cravei a espada em sua nuca que era dura e tira um pouco de dificuldade para conseguir enfiar a espada, isso foi o suficiente para que ele se levantasse e eu ficasse pendurada as suas costas pelo cabo da espada.

O minotauro se sacudiu e eu me agarrei ao seu pescoço, ele tentava me alcançar, mas eu me esquivava com dificuldade. Subi em seu pescoço e segurei com firmeza o punho da espada enterrando o máximo na pele do monstro e deslizando a mesma ao redor de seu pescoço. Ele bateu com força nas minhas costas e quase me derrubou, mas eu consegui me manter firme e terminei a volta engolindo em seco quando percebi que com um empurrão ela cairia. Respirei fundo e o fiz, a cabeça rolou no chão e eu vi enquanto o corpo do gigante caia junto comigo. No mesmo instante tio Thor pulou da árvore e me segurou no colo.

- Foi muito bem, sobrinha - ele sorriu maroto.

Revirei os olhos.

- Você é filho de quem, hein? - Indaguei irritada.

- Logo você saberá.
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Mensagem por Ártemis Sex maio 03, 2013 10:31 pm

Camille Louise Boucher - Daughter of Quione and Huntress of Ártemis


Tive apenas uma amiga em toda a minha vida, e esta morreu com cinco anos de idade. Depois de Lucy não conheci ninguém que pudesse preencher esse buraco que existia dentro de meu peito, e permaneci no eterno escuro por muito tempo. Só acordei de verdade quando Joe, o amigo garanhão de meus pais adotivos se revelou um sátiro e foi então que descobri que eu era uma semideusa filha de Quione. Meu pai permanecia sendo um estranho em minha vida até o dia em que conheci Allan Underwood, um profissional de snowboard. Sim, esse era o meu pai!

Em uma missão ao redor das montanhas geladas do Canadá eu conheci um aventureiro. Ele já havia viajado pelo mundo todo e dizia até que se relacionara com deusas. Deusas... Talvez minha mãe não tivesse sido a única. Ele disse também que uma das deusas tivera uma filha sua e que esta levara a criança para muito longe. Foi estranho depois que eu contei que eu era sua filha perdida. Ele engasgou com o suco e teve um repentino ataque de tosse, mas depois de passado o tempo Allan me abraçou e prometeu me visitar no Acampamento Meio-Sangue. Eu só não sabia como ele entraria no acampamento sendo um mortal, foi então que ele me explicou que podia ver através da névoa. Minha relação com Allan começou a ser muito boa, mas eu tive de voltar para o acampamento mesmo contra minha vontade.

Minha primeira noite no acampamento depois da viagem foi bastante tranquila. Tive sonhos fantásticos com diversos mundos imaginários. Na manhã seguinte acordei bem disposta e treinei pela manhã contra uma monstrenga qualquer. Depois do treino resolvi dar uma volta pela floresta. Recostei-me em uma árvore qualquer e fechei os olhos sentindo a brisa suave tocando meu rosto de imensa palidez. Por entre as pálpebra vi uma luz prateada e abri os olhos no mesmo instante.

Ela estava ali, sentada no chão como se fosse uma pequena indiazinha; os cabelos vermelhos caiam pela face branca e seus olhos como a lua brilhavam intensamente. Ela brincava com algumas pedrinha brilhantes que eu tive impressão de serem pedras preciosas. Observei-a por alguns instantes atentamente até que percebi de quem realmente se tratava. Ela era Ártemis, deusa da caça, da lua, da magia, e patrona das caçadoras. Respirei fundo e continuei a fitando sem conseguir disfarçar. A liberdade da deusa pairava ao redor. Era tudo o que eu sempre sonhara. Ser livre...

- Vejo que tem pretensões de ser livre... - ela murmurou sem me encarar nos olhos. - A caçada pode lhe fornecer isso. Você pode ser livre, Camille Boucher. Me procure...

A imagem da deusa tremeluziu e ela desapareceu. Olhei ao redor e percebi que já era noite. Voltei para o chalé tomando o cuidado para não ser encontrada pelas harpias, e então dormi... Em meus sonhos eu ouvi a mensagem.

Basta me encontrar.

Levantei-me arfando descontrolada, eu suava frio e tudo ao meu redor estava escuro. Olhei no relógio, eram 2h49min. Vesti uma roupa qualquer e sai do chalé as pressas. As harpias estavam do outro lado, escondi-me as sombras dos outros chalés e assim consegui chegar a orla da floresta. Adentrei na mesma e continuei a caminhada seguindo apenas meus instintos. Cheguei em uma clareira deserta, o frio adentrava em meus poros e eu me sentia cada vez mais fortificada.

Enquanto eu caminhava ligeiramente ouvi um rosnado sombrio as minhas costas. Virei-me e dei de cara com um lobo negro de olhos vermelho sangue. Arregalei os olhos e passei a correr por entre as árvores, mas o lobo insistia em me seguir. Acabei percebendo, antes tarde do que nunca, que eu não deveria fugir e sim enfrentá-lo. Busquei minha adaga no cinto e golpeei o lobo próximo de seu pescoço, um corte leve se abriu, mas o lobo não desistiu e pulou sobre mim derrubando-me no chão. Empurrei-o com um chute forte e ele voou alguns metros.

Ergui-me em um salto com a adaga em mãos e senti minha pele ficando cada vez mais fria. Ele pulou na minha direção mais uma vez, mas eu desferi um golpe profundo em sua barriga fazendo-o perder o equilíbrio e cair no chão. Já ia me aproximando quando percebi algo inacreditável acontecendo. O pelo negro do lobo começou a se soltar e sua forma foi sendo modificada até que eu vi a mesma garotinha que vira anteriormente olhando para mim com aqueles grandes olhos lunares. Ela deu um risinho travesso.

- Você passou no teste, filha de Quione. Seja bem-vinda a caçada.
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